Por ser uma pessoa fisicamente
saudável, fiquei envergonhado. Pus a mão na cabeça e pensei: “De onde vem tanta
felicidade?”. Não pude deixar de pensar nisso. Essa felicidade deve vir de
dentro.
Nenhuma parte do corpo dela
parecia normal, mas ela era muito feliz. Somos muitas vezes saudáveis e vivemos
em condições melhores, por isso não deveríamos dizer: “Sou infeliz”. Jesus
Cristo disse que nos forneceria a água da vida. Entretanto, se não tivermos um
coração feliz e agradecido, faremos Jesus parecer mentiroso.
Como Cristo é a fonte de água
viva, isso significa que, se sempre buscamos um novo poço, como a mulher de
Sicar, é porque há algo de errado em nós. Seria um pecado continuar trocando de
cônjuge ou tentar mudar as circunstancias. Seria o mesmo que dizer que Cristo
não foi sincero ao declarar que era a fonte da verdadeira felicidade.
Estaríamos contrariando a Deus, que deseja que encontremos a felicidade e a
paz. Deveríamos viver cada dia com paz e felicidade em Cristo, para servirmos
de referencia a outros – uma vida de alegria que contagie por estar
fundamentada na fé.
Muitas pessoas acusaram Paulo
dizendo: “temos achado que este homem é a peste” (At 24.5; Almeida Edição
Contemporânea). O que é uma peste ou praga? É uma doença contagiosa. Eles
achavam que o apóstolo era uma pessoa contagiante que provocava revolta por
toda parte.
Quando não conseguimos
influenciar outras pessoas, não somos muito diferentes daqueles que não creem em Jesus. Quando
ficamos infelizes e deprimidos como qualquer pessoa, não conseguimos
influenciar nem afetar ninguém. É preciso que os cristãos experimentem a
verdadeira felicidade, sejam otimistas e alegres para que tenham boa influencia
na vida de outros. Se o que ensinamos for verdadeira para nós, as pessoas nos
perguntarão sobre a fonte de nossa felicidade.
Os cristãos devem ter o poder de
contagiar o ambiente. Aquela mulher me influenciou com sua vida. Ela era uma
pessoa extremamente contagiante; tinha a capacidade de tocar e influenciar o
coração das pessoas. Por esse motivo é que contei sua historia. Tomei a decisão
de ser feliz. Motivos não me faltam para ser mais feliz do que ela. Conclusão:
se não me sinto mais feliz, é porque há algo de errado em mim.
Por causa dela, passei toda uma
noite em arrependimento por minha vida. Mas viver com remorso e culpa era
igualmente errado, embora eu anunciasse as boas-novas do evangelho, eu não
conseguia ser tão contagiante. Estava envergonhado. Naquela noite, sonhei que
orava e testemunhava a outras pessoas. Fui realmente “infectado” por aquela
mulher.
Esse contagio é uma força
poderosa. Tanto a felicidade quanto o desespero tem o poder de contagiar o
ambiente. Devemos, no entanto, nos transformar em pessoas que tenham uma
contagiante e verdadeira alegria. Quando as pessoas falarem conosco, deverão
notar uma alegria celestial contagiante. Isso vai alem de cumprir nossos
deveres como cristãos, devemos nos tornar tão contagiantes que as pessoas, ao
nos verem, digam: “Ele é louco!”. Se encararmos a tarefa de testemunhar de
Cristo como simples dever, nossa visão esta limitada. Devemos tomar a decisão
de nos tornar extremamente contagiantes, a ponto de levar Cristo àqueles que
ainda não o conhecem.
Depois de quase 70 anos de vida,
descobri que realmente nunca encontrei alegria em situações momentâneas. Já
passei por bons e maus momentos, já vivi numa cabana com nada mais que esteiras
de palha no chão. Já me hospedei nos melhores hotéis do mundo. Entretanto, nada
disso me trouxe verdadeira alegria ou desespero. Depois que me acostumei, viver
numa tenda não foi tão ruim assim. Depois que você se acostuma, os melhores hotéis
não são assim tão maravilhosos.
A verdadeira felicidade não esta
nas circunstancias, mas na comunhão com Cristo que transforma nossa alma pela
graça de Deus. Devemos ser contagiantes pela graça de Deus. Quer sejamos
pastores, quer diáconos ou leigos, devemos contagiar as pessoas com essa graça.
Somente assim mudaremos a sociedade onde estamos.
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