quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Vida que contagia (PARTE 3)

Por ser uma pessoa fisicamente saudável, fiquei envergonhado. Pus a mão na cabeça e pensei: “De onde vem tanta felicidade?”. Não pude deixar de pensar nisso. Essa felicidade deve vir de dentro.

Nenhuma parte do corpo dela parecia normal, mas ela era muito feliz. Somos muitas vezes saudáveis e vivemos em condições melhores, por isso não deveríamos dizer: “Sou infeliz”. Jesus Cristo disse que nos forneceria a água da vida. Entretanto, se não tivermos um coração feliz e agradecido, faremos Jesus parecer mentiroso.

Como Cristo é a fonte de água viva, isso significa que, se sempre buscamos um novo poço, como a mulher de Sicar, é porque há algo de errado em nós. Seria um pecado continuar trocando de cônjuge ou tentar mudar as circunstancias. Seria o mesmo que dizer que Cristo não foi sincero ao declarar que era a fonte da verdadeira felicidade. Estaríamos contrariando a Deus, que deseja que encontremos a felicidade e a paz. Deveríamos viver cada dia com paz e felicidade em Cristo, para servirmos de referencia a outros – uma vida de alegria que contagie por estar fundamentada na fé.

Muitas pessoas acusaram Paulo dizendo: “temos achado que este homem é a peste” (At 24.5; Almeida Edição Contemporânea). O que é uma peste ou praga? É uma doença contagiosa. Eles achavam que o apóstolo era uma pessoa contagiante que provocava revolta por toda parte.

Quando não conseguimos influenciar outras pessoas, não somos muito diferentes daqueles que não creem em Jesus. Quando ficamos infelizes e deprimidos como qualquer pessoa, não conseguimos influenciar nem afetar ninguém. É preciso que os cristãos experimentem a verdadeira felicidade, sejam otimistas e alegres para que tenham boa influencia na vida de outros. Se o que ensinamos for verdadeira para nós, as pessoas nos perguntarão sobre a fonte de nossa felicidade.

Os cristãos devem ter o poder de contagiar o ambiente. Aquela mulher me influenciou com sua vida. Ela era uma pessoa extremamente contagiante; tinha a capacidade de tocar e influenciar o coração das pessoas. Por esse motivo é que contei sua historia. Tomei a decisão de ser feliz. Motivos não me faltam para ser mais feliz do que ela. Conclusão: se não me sinto mais feliz, é porque há algo de errado em mim.

Por causa dela, passei toda uma noite em arrependimento por minha vida. Mas viver com remorso e culpa era igualmente errado, embora eu anunciasse as boas-novas do evangelho, eu não conseguia ser tão contagiante. Estava envergonhado. Naquela noite, sonhei que orava e testemunhava a outras pessoas. Fui realmente “infectado” por aquela mulher.

Esse contagio é uma força poderosa. Tanto a felicidade quanto o desespero tem o poder de contagiar o ambiente. Devemos, no entanto, nos transformar em pessoas que tenham uma contagiante e verdadeira alegria. Quando as pessoas falarem conosco, deverão notar uma alegria celestial contagiante. Isso vai alem de cumprir nossos deveres como cristãos, devemos nos tornar tão contagiantes que as pessoas, ao nos verem, digam: “Ele é louco!”. Se encararmos a tarefa de testemunhar de Cristo como simples dever, nossa visão esta limitada. Devemos tomar a decisão de nos tornar extremamente contagiantes, a ponto de levar Cristo àqueles que ainda não o conhecem.

Depois de quase 70 anos de vida, descobri que realmente nunca encontrei alegria em situações momentâneas. Já passei por bons e maus momentos, já vivi numa cabana com nada mais que esteiras de palha no chão. Já me hospedei nos melhores hotéis do mundo. Entretanto, nada disso me trouxe verdadeira alegria ou desespero. Depois que me acostumei, viver numa tenda não foi tão ruim assim. Depois que você se acostuma, os melhores hotéis não são assim tão maravilhosos.

A verdadeira felicidade não esta nas circunstancias, mas na comunhão com Cristo que transforma nossa alma pela graça de Deus. Devemos ser contagiantes pela graça de Deus. Quer sejamos pastores, quer diáconos ou leigos, devemos contagiar as pessoas com essa graça. Somente assim mudaremos a sociedade onde estamos.

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