Abraão começou a ver as
coisas da perspectiva divina, repelindo a imunidade da mesquinhez humana, e se
apegou à fé. Como conseqüência disso, teve Isaque aos 100 anos. Era um triunfo
da fé. Considera-se uma coisa incomum a geração de um filho aos 50 anos. Por
isso mesmo, é motivo de festa imagine-se como teria sido grande a emoção de
Abraão! Isaque foi uma criatura divina diante de seus olhos.
Para Abraão, Isaque era sua
vida, seu herdeiro, sua alegria e sua felicidade. Cada vez que olhava para ele,
descobria o sentido da vida. Entretanto, Isaque passou a se converter
gradualmente m um ídolo para Abraão, embora este não o visse dessa maneira.
Deus via Isaque de uma forma; Abraão o via de outra forma. Ou seja, havia uma
grande diferença entre os dois pontos de vista – o ponto de vista de Deus e o
ponto de vista de Abraão.
Certo dia Deus ordenou a
Abraão: “[...] ‘Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá
para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe
indicarei’” (Gênesis 22.2). Abraão ficou perplexo. Pensava que Deus abençoaria
Isaque e que prolongaria seus dias de vida aqui na terra. Esse não deixava de
ser o pensamento do homem. O pensamento de Deus, porem, não aceita o pensamento
do homem.
Abraão viu-se em meio a
forte conflito. Ele sabia que Deus estava falando serio e pensou: “Se Deus
quer, eu tenho de obedecer”. Não devia ser fácil oferecer o único filho amado
como holocausto, ou seja, queima-lo no fogo. A luta interior de Abraão
continuou; provavelmente, ele ate pensou em desobedecer a Deus e viver feliz com
seu filho. Todavia, também não podia desobedecer à ordem divina. Chegou o
momento de escolher: o pensamento do homem ou o pensamento de Deus.
Finalmente, Abraão
decidiu-se pelo pensamento de Deus. Lembrou-se da palavra que dizia ser Isaque
o herdeiro e creu que Deus tinha preparado um plano. O certo é que, para chegar
a esse ponto, Abraão passou por uma grande turbulência. No dia seguinte, tomou a
direção do monte Moriá, junto com o filho Isaque e dois servos. Ao chegar ao
lugar indicado por Deus, não hesitou em sacrificar seu filho. Ele o amarrou
sobre o altar, arrumou a lenha e pegou o cutelo.
Foi nesse instante que o
anjo de Deus o deteve:
“Não toque no rapaz”, disse o Anjo. “Não lhe faça
nada. Agora sei que voe teme a Deus, porque não me nego seu filho, o seu único
filho”. [...] “Juro por mim mesmo”,
declara o Senhor, “que por ter feito o que fez, não me negando seu filho, o seu
único filho, esteja certo de que o abençoarei e farei seus descendentes tão
numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua
descendência conquistara as cidades dos que lhe forem inimigos e, por meio
dela, todos os povos da terra serão abençoados, porque você me obedeceu”
(Gênesis 22.12,16,17,18).
Abraão escolheu ver como
Deus vê e repeliu todo o pensamento humano. A partir desse momento, Deus
abençoou Abraão e se responsabilizou por sua vida. Qualquer pessoa que quiser
escolher a perspectiva de Deus deve primeiro abandonar a vontade, a obstinação,
o desejo, o método e a força do homem. Não podemos confessar que escolhemos a
perspectiva de Deus enquanto persistirmos com os desejos, os métodos e a força
humanos. Todo aquele que escolher a perspectiva de Deus deve se render,
dedicar0se e obedecer a ele.
O ato de se render,
dedicar-se e obedecer a Deus não significa perder. Muitos pensam que a
dedicação a Deus significa perder, mas isso não é certo. Não se trata de perda,
mas da chave que leva a uma vida abundante. Deus abençoa as pessoas que se
decidem por sua perspectiva e se responsabiliza por elas. Assim funciona a lei
de céu. A vida de Abraão é a evidencia dessa lei.
Concluindo, a fé consiste
em abandonar a perspectiva do homem, escolhendo a perspectiva de Deus. Se
optarmos por ver como o homem vê, não poderemos receber o favor e a orientação
de Deus. O justo vivera pela fé. O que significa viver pela fé? Significa
abandonar a perspectiva do homem e escolher a perspectiva de Deus, vivendo como
a Bíblia ordena. Assim, Deus nos abençoa e se responsabiliza por nossa vida.
É certo que, ao nos decidir
pelo ponto de vista divino, enfrentamos uma luta interior. Devemos, entretanto,
supera-la. Você sabe como Deus vê a terra
o homem? Deus vê a historia do homem como assunto de julgamento
iminente. A historia do homem esta chegando ao seu final. A vida do homem é
como uma neblina, que aparece um momento e logo se desvanece. Ele é como uma
erva; e sua gloria, como a flor do campo. Quem vacila com isso é néscio.
O nosso interesse deve
estar na eternidade. A vida eterna é mais importante que a vida passageira.
Essa filosofia de vida permitirá que a pessoa viva a vida transitória de maneira
muito mais significativa. As Escrituras dizem: “Da mesma forma, como o homem
esta destinado a morrer um só vez e depois disse enfrentar o juízo [...]”
(Hebreus 9.27).
A terra não permanecera
para sempre. Portanto, temos de ver as coisas sob a perspectiva de Deus. Para
isso, devemos tomar uma difícil decisão. Sob que perspectiva você vê a vida? Os
cristãos devem abandonar tudo o que é humano e aceitar a perspectiva de Deus.
Esse é o único caminho, porque Deus se responsabiliza por aquele que, abandonando
o ponto de vista humano, decide tomar o ponto de vista divino.
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