terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Vida que contagia (PARTE 1)



Assisti uma entrevista na televisão com uma mulher que fora mantida prisioneira em sua própria casa por 38 anos em decorrência de uma paralisia cerebral. O pai tinha vergonha do corpo da filha, que ficara retorcido, e não permitia que ela saísse para tomar sol. Embora tivesse sido proibida de ir à escola, felizmente havia aprendido a ler com os irmãos e irmãs. Então, um dia, ela pensou: “Sei que tenho uma seria deficiência física, mas por que devo ficar presa nesta casa? Quando meus pais falecerem, quem cuidara de mim?”. Pensando assim, decidiu aprender a ser independente.

Certa vez, ouviu um programa de radio que o pastor dedicava aos portadores de deficiência física. Ela pegou o telefone e ligou para ele. Pela primeira vez em 38 anos, foi capaz de sair de casa e participar do programa oferecido pela igreja. O pastor ajudou-a a conseguir um trabalho numa fabrica de jóias. Para alguém que sofre de paralisia cerebral, trabalhar em uma fábrica não é uma tarefa fácil. Suas mãos tremiam e o corpo se contraia tornando qualquer tarefa na fabrica um grande esforço. No entanto, ao ver sua imagem n televisão, ela parecia realmente feliz. Foi isso que me deixou admirado.

Ela disse, gaguejando:

- Peeela primeira v-v-vez em tantos anos, saí de c-c-casa e cri em Cristo. Agooora, estou aprendeeeendo a t-t-trabalhar. Tenho um objetivo na vida agoora, e estou muuuuito feliz. P-p-parece que estou no céu.

O programa dizia que a moça era muito habilidosa e tinha uma coleção de poemas já publicados.

- Embora minha b-b-boca seja retorcia, as p-p-pessoas m-me chamam de p-p-poeta – disse ela.

Todas as suas declarações estavam cheias de otimismo e esperança. Fiquei envergonhado. Tinha muito mais motivos para me sentir feliz, mas por que não era tão feliz quanto ela? Francamente, ela tinha na verdade algum motivo para estar feliz? Tinha freqüentado escola? Podia se casar? Aquela moça havia perdido quase todos os dentes e seu corpo se contorcia a cada palavra. Ela tinha muito do que reclamar, mas dizia estar realmente feliz.

Aquele programa me fez pensar sobre as condições para a felicidade. Este mundo esta repleto de pessoas fisicamente sadias que vivem num ambiente saudável, mas também muitos são os que vivem num ambiente hostil, quer doentes quer não. Poucas pessoas são realmente felizes. Por isso, tentam alcançar a felicidade de diversas formas. Querem entrar na melhor universidade, arranjar um bom emprego e ser promovidas o quanto antes e, para isso, algumas usam todo tipo de artifícios para subir na vida. Pode-se dizer que a busca pela felicidade é um instinto natural da humanidade, embora não traga a verdadeira alegria.

Muitas pessoas acham que uma das condições para a felicidade é ter tudo que se deseja. No entanto, dois são os requisitos para a felicidade material: necessidades básicas satisfeitas e saúde. Quando falamos, porém, em ter uma vida feliz, o aspecto físico (exterior) é responsável por 20%, mas o espiritual (interior), por 80%.

Vejamos como o aspecto espiritual afeta a felicidade. Muitas pessoas desejam realizar o casamento dos sonhos para ter uma família feliz. Seria essa uma das condições para a felicidade espiritual? Na Coréia, um terço dos casamentos termina em divorcio, um terço está à beira da separação e o outro terço vive em pé de guerra. O casamento não traz felicidade. *(Ele generalizou aqui, é claro que existe casamentos felizes como o dele provavelmente deve ser).

O mesmo vale para os amigos. As pessoas esforçam-se para fazer amigos, na esperança de que tragam a felicidade. Embora os amigos ajudem a diminuir a solidão, não trazem realização plena.

Fama, poder e influencia são fatores externos e temporários, como uma roupa. As roupas novas são maravilhosas durante alguns dias, mas logo perdem o encanto. Fatores externos, como boas roupas e carros de ultimo tipo, não duram para sempre. Cansamo-nos deles em pouco tempo.

A felicidade deve começar de dentro. Para sermos realmente felizes, é preciso buscar Cristo e servir ao nosso Deus, mantendo comunhão constante com ele. Só assim é que o rio da vida fluirá de dentro de nós. Quando nos unimos a Cristo e agradecemos e louvamos a Deus, experimentamos a felicidade que flui de dentro de nós pelo Espírito Santo.

Com vazio na alma, não podemos ser felizes. A maioria das canções seculares fala de amor, assim como outras expressões artísticas. Entretanto, o amor não preenche o vazio do ser. O coração só é preenchido quando a paz e a felicidade do Espírito Santo nos são concedidas, ao recebermos Jesus Cristo como Salvador. Desse modo, entendo que o louvor, a adoração e a gratidão a Deus resultam na experiência de sentir o rio da vida fluir dentro de nós, pela presença do Espírito.

Jesus Cristo disse a uma mulher em Sicar: “Quem beber desta água terá sede outra vez”. Era uma parábola. A mulher “trocara de poço cinco vezes”, quer dizer, havia casado cinco vezes e não havia sido feliz com nenhum dos maridos. Agora vivia com um sexto homem, mas continuava infeliz e sedenta.

Cristo ensinou-lhe como obter a verdadeira felicidade na vida. Ele disse: “quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede”. A água que Cristo dá tem resultados eternos.

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