(Continuação: Perdão - Parte IV)
Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas
vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete?
Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes
sete.
Mateus
18:21,22
Quem
poderia perdoar setenta vezes sete ao dia por sentimento? De fato, perdoar é
uma opção e não sentimento.
Perdoar
é liberar o outro e liberar a si mesmo no mundo espiritual através da palavra. Você
declara o perdão com sua voz, e as cadeias se quebram no mundo espiritual. Mas
não se engane, mesmo perdoando alguém o inimigo fará de tudo para que você
volte a antiga decisão e postura. Perdoar é mais do que falar uma vez. Perdoar é
lutar todos os dias contra a influencia de satanás, contra sua própria mente e
seus sentimentos, e declarar sempre o perdão até que um dia ele se tornará
natural.
Perdoar
não é um ato de covardia ou idiotice. Na verdade é o oposto dessas duas coisas.
Quem escolhe o perdão deve saber que está sendo sábio e muito corajoso. Perdoar
não é fácil, mas é para todos possível.
Voltando
ao meu caso. O pastor Januário disse que eu teria que conversar com meu pai e
avô e perdoa-los face a face.
Imaginem
um rapaz totalmente preso, que detestava com toas as forças a idéia de alguém
saber o que pensa ou sente. Repentinamente tenho que falar com as pessoas que
eu guardo mágoas desde que me conheço por gente dos sentimentos mais íntimos e
que se tornaram muito dolorosos com o “trabalhar” dos anos. Foi realmente uma
tarefa muito difícil.
Mas
a ajuda de Deus a promessa de que, com o perdão eu seria liberto, me fizeram no
mesmo dia conversar com meu pai. Fiquei muito nervoso pra falar com ele, mas
viver no inferno era muito pior.
Pronto,
primeiro passo dado. O segundo era falar com meu avô. E esse foi ainda pior do
que o primeiro.
Eu
e meu avô nunca conversamos de verdade. E essa foi mais um agravante dessa
situação. Mas, com muita repugnância, e impulsionado pelos mesmos motivos que
me motivaram a falar com meu pai, na mesma semana fui na casa de meu avô e lá
conversei com ele.
Foi
muito breve, expliquei que o que ele fazia me prejudicou muito e que precisava
liberar perdão a ele. Dei a mão e disse que o perdoava em nome de Jesus. Ele
ficou surpreso, mas não recusou nada.
Enfim,
eu estava livre das tarefas difíceis. Agora tinha que orar a Deus e expor-lhe
todo o ocorrido e liberar diante dele o perdão aos dois. Foi o que fiz.
Agora
pode parecer mentira ou qualquer outra coisa. Mas quem me conheceu antes e
depois desse ocorrido pode falar a diferença. Foi praticamente instantâneo a
mudança em mim.
Quando
percebi, minha mente estava liberta. Todo medo, insegurança, pavor haviam
sumido. Aquele inferno dentro da minha cabeça SUMIU!!!
(Continuação: Perdão - Parte IV)
(Continuação: Perdão - Parte IV)
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