A partir da queda de Adão, o
homem foi contagiado pelo vírus do pecado, exposto ao qual o DNA do homem
começou a se contaminar. Portanto, o autoconceito passou a ser desvirtuado.
Como conseqüência disso, ainda hoje pensamos inconscientemente: “Sou pecador;
não me posso livrar do pecado, minha
identidade espiritual é ser escravo do pecado”, isto é, temos uma autoimagem
incorreta. Qualquer um que tenha uma autoimagem nunca poder ser livre do
pecado. A pior enfermidade mortal que pode ser concebida pelo homem contaminado
pelo pecado é a distorção da autoimagem. Essa enfermidade pode ser observada
nos seguintes casos:
Na dependência. Isto é, quando as pessoas amarram a autoimagem com a
corda dos maus costumes. São presas dos desejos carnais, do álcool e dos jogos.
A maioria dos que tem uma autoimagem de vicio não esta preparada para suportar
a tentação e a prova do Diabo. Eles pensam constantemente: “Sou um medíocre,
sou um mundano, estou preso aos costumes do mundo, não me posso livrar deste
mau habito”; e, dessa forma, transformam-se em dependentes.
Na infelicidade. São aquelas pessoas que pensam não merecer o amor dos
familiares e dos amigos e, consequentemente, passam a se alienar. Por exemplo,
as crianças de rua, em sua maioria, provem de famílias desestruturadas. A
semente da infelicidade é semeada quando os pais se divorciam ou um deles morre
prematuramente.
Elas não conseguem se libertar da
autoimagem que diz: “Você não merece ser amado, você é um inútil”; assim, irrigam
a semente da infelicidade e, em geral terminam destruindo a própria vida. Essas
pessoas são negativas e vivem presas ao ódio e à ira.
Na debilidade. As pessoas que tem alguma debilidade física tendem a
viver sob a ansiedade e a preocupação com a doença. Pensam que não podem ter
uma vida saudável pelo fato de serem fisicamente frágeis. Elas pensam: “Eu já
nasci frágil, por isso a enfermidade voltara a qualquer momento”. Assim, por
causa da autoimagem doentia, perdem a defesa mental e, quando fustigadas por
alguma doença, perdem imediatamente o animo. Essa categoria de pessoas nunca
poderá fiar livre da enfermidade.
No fracasso. Em relação aos outros tipos de autoimagem talvez seja
esse o mais destrutivo. Ao ver sua falta de capacidade, de recursos e de apoio
de outros, a pessoa termina pensando: “Sou desprezado, estou inserido na classe
baixa, sou um lixo. Haja o que houver, vou acabar em fracasso. Sou
pobre”. Pessoalmente, em visitas ao exterior pude ver quanto essa categoria de
autoimgem é destrutiva. Um denominador comum que descobri nos países subdesenvolvidos
foi a mentalidade pobre. As pessoas pensam: “somos pobres há tantas gerações;
jamais poderemos livrar-nos da pobreza”. Lamentavelmente, não pude encontrar
nelas esperança nenhuma.
Essa realidade torna-se mais
visível em países o sudoeste asiático, na África e na América do Sul. O
surpreendente é que muitos desses países estão repletos de recursos naturais e,
apesar das riquezas e da ilimitada possibilidade de progresso, continuam sendo países obres. O motivo é a mentalidade de fracasso. Os habitantes estão
determinando o futuro de sua nação por meio da mentalidade da pobreza e do
fracasso.
A mentalidade dos israelitas que
haviam chegado a Cades-Barneia era semelhante a essa. Eles não puderam pisar na
terra prometida, a terra dos sonhos, a terra de onde fluía leite e mel, apesar
de tê-la exatamente a sua frente. Por que? Porque, embora tivessem tido a
experiência da salvação de Deus e da disciplina durante quarenta anos no
deserto, não puderam se desfazer da mentalidade de servidão que tinham no
Egito, a fim de pensar como filho de Deus. Essa mentalidade pobre torna-se
visível no relato dos 12 espias. A Bíblia esclarece que, após haver observado a
terra durante quarenta dias, o relato por eles apresentado foi negativo.
E espalharam entre os israelitas um relatório negativo acerca daquela
terra. Disseram: “A terra para a qual fomos em missão de reconhecimento devora
os que nela vivem. Todos os que vimos são de grande estatura. Vimos também os gigantes,
os descendentes de Enaque, diante de quem parecíamos gafanhotos, a nós e a
eles”. (Números 13:32,33).
A mentalidade de servidão os fez
considerar-se pequenos e insignificantes e não permitiu que vissem a vontade e
o plano de Deus. Foi por isso que não vacilaram em afirmar: “[...] diante
[deles] parecíamos gafanhotos [...]”. o importante é que a terra de Canaã é um
território onde se pode entrar com complexo de gafanhoto. Ou seja, aquele que
não tem a capacidade de pensar como filho de Deus, muito menos lhe será
outorgada nenhuma oportunidade.
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